No primeiro sábado deste mês parte da segunda turma do Treinamento Matrix-Hakomi se encontrou em um charmoso e acolhedor espaço no Jardim Botânico para mais uma edição do GEP – Grupo de Estudos e Práticas – que acontece entre os módulo da formação.
O grupo foi conduzido por Carlos Melo, um dos professores certificados do método, que, com a participação de alguns assistentes nos possibilitaram ter uma manhã rica e saborosa.
A essa altura, as práticas são cada vez mais constantes e, progressivamente, percebemos a familiarização com o método e a incorporação dos princípios, sendo este último um dos objetivos primordiais do Treinamento Matrix-Hakomi.
Seguindo o propósito dos GEPS – encontros de revisão e aprofundamento de assuntos abordados durante o treinamento – neste dia nos debruçamos sobre uma das estratégias de caráter que estudamos a partir do Hakomi. Uma revisão sobre a etiologia , sintomas comuns, pontos fortes, habilidades subdesenvolvidas, demandas iniciais, objetivos terapêuticos e algumas das crenças centrais que envolvem essas estratégias foram alguns dos conteúdos que reencontramos.
As estratégias de caráter são formadas no início da vida em torno de questões humanas fundamentais de contato, segurança, necessidade, dependência, separação, auto-estima, controle, sexualidade, competição e competência.
Seguem então, algumas direções que entendemos nesse trabalho:
- Ficar curioso sobre sua ferida;
Mais do que ter convicções é importante manter um senso de curiosidade, abertura e compassividade sobre o outro.
- Fugir dos rótulos: Somos uma coleção de estratégias;
Não se trata, portanto, de ter a estratégia X ou Y mas compreender que, apesar de termos algumas que podem ser mais predominantes, somos uma coleção dessas, “uma colcha de retalhos” que é reflexo da variedade e riqueza de nossas experiências ao longo da vida.
Ninguém cria um estilo de caráter exatamente da mesma maneira. Cada pessoa possui uma combinação de defesas características, formadas em relação a sua própria singularidade e circunstâncias particulares da vida.
- Entender as estratégias de caráter como um mapa pra “escolher melhor o presente” a ser ofertado.
Ponto importante a ser ressaltado, o conhecimento sobre as estratégias de caráter não nos servem como “encaixotadores de pessoas”. Não nos servem para limitar uma vida a uma estratégia ou para irrestritamente fixar alguém em uma caracterização psicológica. Mais do que isso, esse aporte nos ajuda a ter uma perspectiva, a criar hipóteses mais assertivas sobre possibilidades de cuidado e intervenção no trabalho terapêutico.
Se uma pessoa, por exemplo, apresenta algumas das características da estratégia “sobrecarregado-aguentador” pode ser que, lembrar de algumas referências de experimentos relacionados a essa estratégia possa trazer mais compreensão sobre o caso e, principalmente, oferecer a nutrição necessária.
O próximo GEP será realizado no próximo fim de semana, no dia 7 de março e será conduzido por Júlia Andrade.
Já aguardamos ansiosos…